sexta-feira, 24 de junho de 2011

Jesus: o deserto e a tentação


Antes de iniciar sua vida pública, logo após ter sido batizado por João no rio Jordão, Jesus passou 40 dias no deserto.  Esse retiro de Jesus mostra a necessidade que Ele teve em se preparar para a missão que O esperava.  Contam os Evangelhos que no deserto Jesus era conduzido pelo Espírito, o que quer significar que vivia em oração e recolhimento, discernindo a vontade de Deus para Sua vida e como atuaria a partir de então. No tempo que passou no deserto Jesus teve uma profunda experiência de encontro com o Pai.  E, tendo vivido intensamente esse encontro, foi tentado pelo diabo. 
As tentações que Jesus viveu – e venceu! – nos são apresentadas como aquelas que também nós vivemos e precisamos vencer.  Jesus havia experimentado o encontro com o Pai em sua totalidade, no silêncio e na solidão do deserto.  Estava, pois, cheio do Espírito que Lhe revelava o amor incondicional do Pai e a dimensão inimaginável do poder desse amor se o vivermos em sua plenitude.  É aqui que a natureza humana se revela em fragilidade: se pudermos ter um minuto que seja do poder do amor que existe em nós, o que faremos com esse poder que nos é dado?
O diabo tenta Jesus nas coisas simples, nas vontades mais básicas: a saciedade da fome, o desejo de poder e riqueza, no querer ser superior a tudo e a todos.  Sentimentos que todos – homens e mulheres – carregamos em nossos corações.  Sentimentos que não são ilícitos se canalizados para os seus devidos fins, mas cuja linha que separa o bom do mau fim é tão tênue que só a vida no Espírito é capaz de reconhecer e não nos deixar escapar.
Foi por ser plasmado no Espírito, configurado pelo Revelador, que Jesus pode resistir às tentações que o diabo lhe apresentou.  Diabo que não é uma figura lendária,mas o desejo que existe dentro do nosso próprio coração e que existiu dentro do coração daquele que era Deus, mas que foi homem em plenitude.  Porém, a divindade que existia em Jesus venceu a humanidade e conseguiu, assim, superar o Mal.
Da experiência no deserto certamente Jesus carregou consigo a certeza de que muito facilmente o Mal nos invade e estraga o que Deus planeja para cada um.  A certeza de que Ele era apenas o Filho e não o Pai, e que, enquanto Filho, cabia-Lhe a missão de levar o amor do Pai a cada um de seus irmãos terrenos.  A certeza de que a vivência no Espírito é a salvação para um mundo cuja oferta de valores diverge em muito daquilo que o Pai oferece.  A certeza de que são necessários muitos outros desertos para que se possa tomar o distanciamento, para que se possa ver com os olhos da alma e os olhos de Deus, para que se possa sentir o calor do Espírito no coração, para, então, enfrentar a missão e poder ser testemunho vivo do Senhor.

2 comentários:

  1. Paz Glauce, Jesus é o meu herói,quando leio essa passagem ele me diz que também posso vecer como ele venceu.

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Glauce Lopes

Glauce Lopes
O D-us de Israel é o que tem todo poder!