Vejamos o que nos conta a história do jovem rico:
Marcos 10:
17- E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
18- E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus
19- Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe
20- Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade
21- E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa:
vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me
22- Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades
Jesus, ao questionar o jovem, usou apenas alguns dos 10 mandamentos e apesar do jovem dizer que estava em dia em sua obediência, na verdade ele não observava o primeiro mandamento:
“Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3) Porque suas propriedades (fortuna) estavam no trono de seu coração e as amava mais que a Deus!
E cumprir somente parte da lei não adianta. Vejamos Tiago 2:10 Se faltar cumprir um só ponto da lei somos culpados de toda ela.
Quem permanece na lei, permanece culpado!
A lei mostra o que é o pecado, nossa condição de pecadores (e incapazes) e faz o pecador parar de se justificar.
A lei mostra que não conseguimos cumprí-la!
Através da lei não há salvação, ao invés disto, nos tornamos conscientes do pecado.
A lei não nos justifica apenas nos deixa culpados; ela não nos ajuda, só nos deixa sem esperança.
Vejamos mais alguns versículos:
Romanos 3:19
Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus
Romanos 3:20
Por isso nenhuma carne será justificada diante d’Ele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado
Romanos 7:7
Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás
Gálatas 3:24
De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados
Repito: quem permanece na lei permanece culpado Se Deus nos julgasse pelos 10 mandamentos seriamos culpados / condenados
“Ah”, dizem alguns, “Deus é bom – vai me livrar...”
Agora imagine um tribunal onde você está em julgamento e fale isso pro juiz:
Ilustríssimo juiz, sei que o senhor é bondoso, correto, por favor, não me condene.
Mesmo que ele concorde que você seja uma pessoa boa, as conseqüências de seus maus atos precisam ter uma pena. Porque isto é justo e porque a justiça precisa ser feita.
Agora veja essa situação:
Você é culpado, é declarada sua sentença, mas alguém recebe a condenação em seu lugar...
Nós quebramos a lei, somos culpados, estamos condenados, mas Jesus pagou, em nosso lugar, a nossa condenação. E pagou de forma sacrifical e cabal com sua morte na cruz (e depois ressuscitou)
Quando a gente entende o papel da lei, que é mostrar nossa culpa, aí sim estamos preparados para a graça. Note que a cruz não é responsável pela sujeira. Ela é a luz que nos mostra a sujeira.
Quando expomos o evangelho, ele ilumina a pessoa e ela pode ver o pecado.
Resto da história do avião:
Vocês se lembram da história do passageiro do avião?
Foi dito ao primeiro passageiro que a mochila do pára-quedas faria sua viagem mais confortável, porém, como isso não era verdade, ele se desfez da mochila.
Para o 2º passageiro abordado foi dito o seguinte:
- Este avião pode cair. Por isso estamos lhe concedendo esta mochila com um pára-quedas pra você usar em suas costas durante o vôo.
É um motivo bem diferente da explicação dada ao 1º passageiro, vocês não acham?
Sendo assim, mesmo com o desconforto e zombarias dos demais passageiros, ele sabia muito bem porque estava usando a mochila, sentia-se grato às pessoas que lhe deram o pára-quedas e se apegou a ele, afinal ele salvaria sua vida.
Assim nós com Jesus, se tivermos o correto fundamento de Cristo, que é o ARREPENDIMENTO (1), não vamos perder a alegria ou a paz quando passamos por dificuldades nesta vida.
Quando entendemos que Jesus vai me salvar da morte certa – é diferente!
Se entendermos que Jesus é a melhor coisa da vida – é diferente!
A postura quando entendemos nossa condição de perdidos e o enorme privilegio de ser salvo é muito diferente de quando estamos com Deus porque disseram que isto melhoraria nossa vida terrena.
A conseqüência fim de ter Deus é uma melhora, sentiremos alegria e paz, mas:
1- não deve ser por este motivo que vamos atrás de Deus – isso é conseqüência da vida que escolhemos ter com Deus despojando-se das coisas terrenas!
2- o que muda não é o passamos a possuir ou as coisas que nos acontece, mas quem somos agora: Transformados!
O que muda é nosso interior!
Nossos valores são outros; nossa postura diante das perdas e circunstâncias externas é outra; nossos sonhos passam a ser os sonhos de Deus! Nosso tesouro está no céu, não somos mais parte deste sistema de coisas! A nossa vida melhora porque a gente muda!
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