sábado, 25 de junho de 2011

"Tudo bem filho, todo mundo faz isso": uma estória sobre moral e ética.

“Uma atitude vale mais do que mil palavras” é um ditado popular que expressa bem o poder do exemplo tanto na criação de filhos quanto em cargos de liderança nas empresas. Por meio de nossas atitudes demonstramos nossos valores, os éticos e os não éticos, influenciando as pessoas que estão ao nosso redor, sobretudo aquelas subordinadas a nós. Sendo assim, não é de se estranhar que um empregado que vê seu patrão sonegar impostos e enganar seus clientes, resolva desviar recursos da empresa, enganando seu superior. Ou que um filho que sempre presenciou as mentiras de seu pai, resolva mentir para todo mundo inclusive para seus pais.
Existe um importante princípio que demonstra bem situações como estas, o princípio da semeadura e da colheita, no qual você colhe o que planta. Se plantares corrupção, transgressão, engano, trapaça, sonegação, mentira ou traição, com certeza colherá na mesma moeda, e em maior volume. Já se plantares comportamentos éticos e morais, colherá coisas boas. Leia a seguir o artigo de Jack Griffin publicado no Chicago Sun Times, que demonstra bem o poder do exemplo na formação de valores:
Johnny tinha seis anos de idade e estava em companhia do pai quando este foi flagrado em excesso de velocidade. O pai entregou ao guarda, junto à sua carteira de habilitação, uma nota de vinte dólares. "Está tudo bem, filho", disse ele, quando voltaram à estrada. "Todo mundo faz isso".

Quando tinha oito anos, deixaram que ele assistisse a uma reunião da família, dirigida pelo tio George, sobre as maneiras mais seguras de sonegar o imposto de renda. "Está tudo bem, garoto", disse o tio. "Todo mundo faz isso".

Aos nove, a mãe levou-o pela primeira vez ao teatro. O bilheteiro não conseguiu arranjar lugares até que a mãe de Johnny lhe deu, por fora, cinco dólares. "Está tudo bem, filho", disse ela. "Todo mundo faz isso".

Com doze anos, ele perdeu os óculos a caminha da escola. A tia Francine convenceu a companhia de seguros de que eles haviam sido roubados e recebeu uma indenização de 75 dólares. "Está tudo bem, garoto", disse ela. "Todo mundo faz isso".

Aos quinze, foi escolhido para jogar como lateral-direito no time de futebol da escola. Os treinadores o ensinaram como obstruir e, ao mesmo tempo, agarrar um atacante adversário pela camisa sem ser visto pelo juiz. "Tudo bem, garoto", disse o treinador. "Todo mundo faz isso".

Aos dezesseis, Johnny trabalhou num supermercado durante as férias de verão. Seu trabalho: colocar as frutas maduras demais ou estragadas no fundo das caixas e distribuir por cima as frutas mais bonitas, para ludibriar os fregueses. "Tudo bem, garoto", disse o gerente. "Todo mundo faz isso".

Na mesma época, Johnny e um vizinho candidataram-se a uma bolsa de estudos. O vizinho era o primeiro da classe, mas era órfão de pai. Johnny era um estudante medíocre, mas seu pai era presidente da associação dos ex-alunos do colégio. Johnny ganhou a bolsa. "Está tudo bem, filho", disseram os pais. "Todo mundo faz isso".

Quando tinha dezoito anos, um colega mais adiantado lhe ofereceu, por cinqüenta dólares, as questões que iam cair numa prova final. "Tudo bem, amigo", disse ele. "Todo mundo faz isso".

Flagrado colando, Johnny foi expulso da sala. Ameaçado de perder o ano, voltou para casa com o rabo entre as pernas. "Como foi que você pode fazer isso com sua mãe e comigo?", gritou o pai verdadeiramente possesso. "Você nunca aprendeu essas coisas em casa". O tio George e a tia Francine também ficaram envergonhados do sobrinho colador, e proibiram que sua filha continuasse saindo com a turma de Johnny.

Se há uma coisa que o mundo adulto não pode tolerar, é passar vergonha por causa de um garoto que cola nos exames...

(extraído do livro O poder da administração ética, de Kenneth Blanchard e Norman Vincent Peale - Ed. Record).

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Glauce Lopes

Glauce Lopes
O D-us de Israel é o que tem todo poder!