segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Grande Conflito.

Os Ardis de Satanás 
   
 O grande conflito entre Cristo e Satanás, que tem prosseguido durante quase seis mil anos, logo deve terminar; e o maligno redobra seus esforços para frustrar a obra de Cristo em prol do homem, e prender as almas em suas ciladas. Reter o povo em trevas e impenitência, até que termine a mediação do Salvador e não mais haja sacrifício pelo pecado, é o objetivo que ele procura realizar. 
    Não se fazendo um esforço especial para resistir ao seu poder, prevalecendo a indiferença na igreja e no mundo, Satanás não se preocupa; pois que não se acha em perigo de perder os que está levando em cativeiro, à sua vontade. Mas ao ser chamada a atenção para as coisas eternas, e almas indagarem: "Que é necessário que eu faça para me salvar?" ele está a postos, procurando opor seu poder ao de Cristo, e neutralizar a influência do Espírito Santo. 
    As Escrituras declaram que em certa ocasião, em que os anjos de Deus foram apresentar-se perante o Senhor, Satanás foi também entre eles (Jó 1:6), não para curvar-se perante o Rei eterno, mas para favorecer seus maldosos intentos contra os justos. Com o mesmo objetivo está ele presente quando os homens se congregam para o culto a Deus. Posto que oculto das vistas, está ele a trabalhar com toda a diligência para dirigir o espírito dos adoradores. Semelhante a um hábil general, formula de antemão seus planos. Vendo ele o mensageiro de Deus examinando as Escrituras, toma nota do assunto a ser  apresentado ao povo. Emprega então o todo o seu engano e astúcia no sentido de amoldar as circunstâncias, a fim de que a mensagem não atinja aqueles a quem ele está enganando a respeito daquele mesmo ponto. Alguém que mais necessite da advertência estará empenhado em alguma transação comercial, que requer a sua presença ou de algum outro modo será impedido de ouvir as palavras que se lhe poderiam demonstrar um cheiro de vida para vida. 
    Outrossim, vê Satanás os servos do Senhor opressos por causa das trevas espirituais que envolvem o povo. Ouve suas fervorosas orações rogando graça e poder divinos para quebrar a fascinação da indiferença, descuido e apatia. Então, com renovado zelo desenvolve suas artimanhas. Tenta os homens à satisfação do apetite ou a alguma outra forma de condescendência própria, embotando assim a sua sensibilidade, de maneira que deixem de ouvir precisamente as coisas que mais necessitam aprender. 
    Satanás bem sabe que todos quantos ele puder levar a negligenciar a oração e o exame das Escrituras, serão vencidos por seus ataques. Portanto, inventa todo artifício possível para ocupar a mente. Sempre houve uma classe que, mostrando-se embora muito piedosos, ao invés de prosseguir no conhecimento da verdade, fazem consistir sua religião em procurar algum defeito de caráter ou erro de fé naqueles com quem não concordam. Tais pessoas são a mão direita de Satanás. Os acusadores dos irmãos não são poucos; e estão sempre em atividade quando Deus está a operar e Seus servos Lhe estão prestando verdadeira homenagem. Eles darão interpretação falsa às palavras e atos dos que amam a verdade e lhe obedecem. Representarão os mais ardorosos, zelosos e abnegados servos de Cristo como estando enganados ou sendo enganadores. É sua obra representar falsamente os intuitos de toda ação verdadeira e nobre, fazer circular insinuações e despertar suspeitas no espírito dos inexperientes. De todo modo imaginável procurarão fazer com que o que é puro e justo seja considerado detestável e enganador. 
    Ninguém, todavia, necessita ser enganado em relação a eles. Pode-se facilmente ver de quem são filhos, o exemplo de quem seguem, e a obra de quem fazem. "Pelos seus frutos os conhecereis." Mat. 7:16. Seu procedimento assemelha-se ao de Satanás, o odioso caluniador, "o acusador de nossos irmãos". Apoc. 12:10. 
    O grande enganador tem muitos agentes prontos para apresentar toda e qualquer espécie de erro, a fim de enredar as almas: heresias preparadas para se adaptarem aos vários gostos e capacidades dos que ele deseja arruinar. É plano seu levar para a igreja elementos insinceros, não regenerados, que incentivarão a dúvida e a incredulidade, estorvando a todos os que desejem ver a obra de Deus progredir, e com ela queiram avançar. Muitos que não têm fé verdadeira em Deus ou em Sua Palavra, concordam com certos princípios da verdade e passam por cristãos; e assim estão aptos para introduzir seus erros como doutrinas das Escrituras. 
    A opinião de que não é de conseqüência alguma o que os homens creiam, é um dos enganos mais bem-sucedidos de Satanás. Ele sabe que a verdade, recebida por amor à mesma, santifica a alma de quem a recebe; portanto, está constantemente a procurar substituí-la por falsas teorias e fábulas, ou por outro evangelho. Desde o princípio os servos de Deus têm contendido com os falsos ensinadores, não meramente como homens corruptos, mas como inculcadores de falsidades que seriam fatais à alma. Elias, Jeremias, Paulo, firme e destemidamente se opunham aos que estavam desviando os homens da Palavra de Deus. A liberalidade que considera como sendo sem importância uma fé religiosa correta, não encontrava apoio algum por parte daqueles santos defensores da verdade. 
As interpretações vagas e imaginosas das Escrituras, as muitas teorias contraditórias concernentes à fé religiosa, as quais se encontram no mundo cristão, são obra de nosso grande adversário para confundir o espírito de tal maneira que não saiba distinguir a verdade. E a discórdia e divisão que há entre as igrejas da cristandade são em grande parte devidas ao costume que prevalece de torcer as Escrituras, a fim de apoiar uma teoria favorita. Em vez de estudar cuidadosamente a Palavra de Deus com humildade de coração, a fim de obter conhecimento de Sua vontade, muitos procuram apenas descobrir algo singular ou original. 
Com o intuito de sustentar doutrinas errôneas ou práticas anticristãs, alguns apanham passagens das Escrituras separadas do contexto, citando talvez a metade de um simples versículo, como prova de seu ponto de vista, quando a parte restante mostraria ser bem contrário o sentido. Com a astúcia da serpente, entrincheiram-se por trás de declarações desconexas, interpretadas de maneira a convir a seus desejos carnais. Muitos assim voluntariamente pervertem a Palavra de Deus. Outros, possuindo ativa imaginação, lançam mão das figuras e símbolos das Escrituras Sagradas, interpretam-nos de acordo com sua vontade, tendo em pouca conta o testemunho das Escrituras como seu próprio intérprete, e então apresentam suas fantasias como ensinos da Bíblia. 
    Quando quer que o estudo das Escrituras se inicie sem espírito de oração, humildade e docilidade, as passagens mais claras e simples, bem como as mais difíceis, serão torcidas do seu verdadeiro sentido. Os dirigentes papais escolhem as partes das Escrituras que melhor servem a seu propósito, interpretam-nas de modo a lhes convirem, e então as apresentam ao povo, ao mesmo tempo em que lhe negam o privilégio de estudar a Escritura Sagrada e compreender por si mesmos suas santas verdades. A Bíblia inteira deveria ser dada ao povo tal qual é. Melhor lhe seria não ter nenhuma instrução bíblica do que receber os ensinos das Santas Escrituras tão grosseiramente desvirtuados. 
    A Bíblia foi destinada a ser guia a todos os que desejassem familiarizar-se com a vontade de seu Criador. Deus deu aos homens a segura Palavra da profecia; os anjos e mesmo o próprio Cristo vieram para tornar conhecidas a Daniel e João as coisas que em breve deveriam acontecer. Os importantes assuntos que dizem respeito à nossa salvação não foram deixados envoltos em mistério. Não foram revelados de tal maneira a tornar perplexo e transviar o honesto pesquisador da verdade. Disse o Senhor pelo profeta Habacuque: "Escreve a visão, e torna-a bem legível ... para que a possa ler o que correndo passa." Hab. 2:2. A Palavra de Deus é clara a todos os que   a estudam com coração devoto. Toda alma verdadeiramente sincera virá à luz da verdade. "A luz semeia-se para o justo." Sal. 97:11. E nenhuma igreja poderá progredir na santificação a menos que seus membros estejam fervorosamente em busca da verdade, como de um tesouro escondido. 
    Ao brado de - liberalidade - os homens se tornam cegos aos ardis do adversário, enquanto ele se acha em todo o tempo trabalhando com perseverança para a realização de seu objetivo. Ao ser bem-sucedido em suplantar a Bíblia por meio de especulações humanas, a lei de Deus é posta de parte e as igrejas se encontram sob a servidão do pecado, ao mesmo tempo em que declaram estar livres. 
    Para muitos, as pesquisas científicas se tornaram uma desgraça. Deus permitiu que uma inundação de luz fosse derramada sobre o mundo, em descobertas científicas e artísticas; mas mesmo os maiores espíritos, se não forem guiados pela Palavra de Deus em suas pesquisas, desencaminhar-se-ão em suas tentativas de investigar as relações entre a Ciência e a Revelação. 
    O saber humano tanto das coisas materiais como das espirituais é parcial e imperfeito; portanto, muitos são incapazes de harmonizar com as declarações das Escrituras suas opiniões sobre a Ciência. Muitos aceitam meras teorias e especulações como fatos científicos e julgam que a Palavra de Deus deve ser provada pelos ensinos da "falsamente chamada ciência". I Tim. 6:20. O Criador e Suas obras estão além de sua compreensão; e, por não poderem explicar isto pelas leis naturais, a história bfblica é considerada indigna de confiança. Os que duvidam da fidedignidade dos relatos do Antigo e Novo Testamentos, muito amiúde vão um passo além, pondo em dúvida a existência de Deus e atribuindo à Natureza o poder infinito. Tendo perdido sua âncora, são deixados a chocar-se contra as rochas da incredulidade.
Assim muitos se desviam da fé, e são seduzidos pelo diabo. Os homens têm-se esforçado por ser mais sábios do que o seu Criador; a filosofia humana tem tentado devassar e explicar mistérios que jamais serão revelados por todas as eras eternas.

VIGIAI E ORAI SEMPRE!

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Glauce Lopes

Glauce Lopes
O D-us de Israel é o que tem todo poder!