sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Igrejas cheias de pessoas vazias.


Estamos vivendo um grande avivamento no Brasil?
 
Tenho minhas dúvidas quanto a isto. Quanto mais observamos as igrejas em nosso país, a sensação que tenho é que as nossas reuniões cristãs mais se parecem com rituais tribalistas do que com um culto prestado ao nosso Deus. O que os triunfalistas gospel chamam de avivamento, eu chamaria de algazarra transvertida de espiritualidade. Creio em avivamentos. Entretanto, em avivamentos que produzam quebrantamento espiritual, arrependimento de pecados, amor pela palavra de Deus e mudança de atitude na vida do cristão a tal ponto desta renovação espiritual ser transportada para a sociedade vigente.
           Infelizmente o que tem acontecido em nossos ajuntamentos são muitos barulhos através de louvores com letras pobres de poesia e harmonia e até heréticas em sua teologia. Tais canções não revelam a beleza do evangelho e muito menos glorificam a Deus. Já que estas músicas são antropocêntricas e não cristocêntricas, elas não têm compromisso com Deus e sim com o homem, então vemos e ouvimos um festival de bobagens nas “ministrações” através dos “levitas” do Senhor. Levitas? É um tal de receba daqui, receba de lá, diga isto e aquilo, que não sei mais aonde nós vamos parar.
       Fico pensando no apóstolo Paulo que ouviu do Senhor: “a minha graça te basta” no famoso episódio do espinho na carne. Vejo que tem faltado nos cristãos contemporâneos esta maturidade e humildade de saber calar-se diante de Deus mesmo que nossa oração não tenha sido respondida a contento. As igrejas estão doentes porque as pessoas estão doentes também. E não é por causa do evangelho de Jesus, e sim por causa daquilo que se tem feito com o evangelho. Tem-nos sido oferecido um evangelho genérico e de tarja preta em muitas igrejas por aí. E isto tem gerado cristãos imaturos, vazios de significados e de existencialidade. Se não sei para onde quero ir, qualquer lugar serve. Porém, a lógica do reino é outra e a proposta do homem de Nazaré é de encontros de paz, comunhão, graça e perdão.
          Os ilusionistas da fé se espalham aos borbotões nas igrejas e se proliferam rapidamente por onde eles passam. Eles são como vírus que contaminam todo o corpo e depois de nos tirarem toda imunidade eles nos matam. Os ufanistas se orgulham de dizer que o evangelho cresce em nosso país. Mas qual evangelho, eu lhes pergunto? A cada domingo vemos várias pessoas em busca de um “deus” que mais se parece com um analgésico. Ele só serve para aliviar as dores e estresses do dia de seus seguidores mais assim que termina o efeito do “remédio” tudo volta ao que era antes. Então, precisamos retornar na próxima semana para recebermos outra dose de remédios.
       Se não nos voltarmos para o Autor e Consumador de nossa fé que é Jesus, temo em afirmar que dias piores virão e que continuaremos com nossas igrejas cheias de pessoas vazias em seu sentido de viver. Pois só encontraremos vida se de fato entendermos que estamos mortos em nossos pecados e que somente Jesus pode nos oferecer uma vida plena e satisfatória. Amém.
 

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Glauce Lopes

Glauce Lopes
O D-us de Israel é o que tem todo poder!