Os povos antigos já seguiam o princípio de que a mulher que se tornasse espólio de guerra poderia ser usada como escrava sexual ou para o trabalho; mas Deus deu a Seu povo regulamentos totalmente diferentes, que serviam para proteger a dignidade da mulher capturada.
“Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e o Senhor, teu Deus, os entregar nas tuas mãos, e tu deles levares cativos, e vires entre eles uma mulher formosa, e te afeiçoares a ela, e a quiseres tomar por mulher, então, a levarás para casa, e ela rapará a cabeça, e a cortarás as unhas, e despirás o vestido do seu cativeiro, e ficará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua mãe durante um mês. Depois disto, a tomarás; tu serás seu marido, e ela, tua mulher. E, se não te agradares dela, deixá-la-ás ir à sua própria vontade; porém de nenhuma sorte, a venderás por dinheiro, nem a tratarás mal, pois a tens humilhado”. (Dt 21.10-14)
Que doçura e compreensão exalam dessa admoestação! O vitorioso não tinha permissão para avançar sobre a presa de guerra; ele tinha de decidir entre ficar com ela como trabalhadora ou como esposa. Tudo o mais estava descartado. Se ele a quisesse tomar como esposa, era advertido a não tratá-la como prisioneira. Deveria providenciar roupas para a mulher livrar-se das usadas no cativeiro. Deveria também conceder-lhe um mês de luto, onde lhe era permitido chorar e lamentar, de acordo com o decoro próprio, por todos os parentes perdidos na guerra.
Como Deus conhece nossos sentimentos e como os respeita! Com que grande amor providenciou todos os detalhes para levar a mulher à restauração! A possibilidade de se recuperar por inteiro era lhe dada. Ela devia ter a oportunidade de obter uma atitude positiva de seu conquistador, que então, provavelmente, iria querer tornar-se seu marido. O respeito com que ele tinha de tratá-la tornava o casamento possível, sendo esse o pré-requisito para seu sucesso.
Com todo amor e carinho, Deus pessoalmente tomou medidas preventivas para o caso de o casamento não dar certo. Poderiam ser enfrentadas dificuldades específicas por se tratar de casamento entre culturas e nações diferentes. Que forma amorosa Deus usou para proteger a mulher a fim de que não fosse reduzida da posição de esposa para a de escrava! Ele também não permitiu que fosse tratada como um objeto com o qual se consegue negociar e ganhar dinheiro. Seu marido tinha a permissão de mandá-la embora apenas se a respeitasse como pessoa livre, tendo todos os direitos sobre si. Da mesma forma que ele só tinha permissão para aproximar-se dela respeitando-a como pessoa, só poderia mandá-la embora respeitando totalmente sua dignidade.
Que amor incrível Deus tem pela mulher! Que respeito tem ao nos considerar pessoas de mesmo valor que os homens, a ponto de demonstrar tanto cuidado nesses decretos feitos para nos proteger! Creio que Sua preocupação para comigo e com você é tal qual que ser mulher – inclusive tudo o que isso implica de acordo com a Palavra de Deus – foi algo que Ele realizou para o meu e o seu próprio bem. Uma vez que comecei a aceitar Seu decreto com relação a mim – o de ser mulher -, aos poucos também me conscientizei do bem que Ele tem planejado para mim. Então Deus interveio e curou minha amargura contra o fato de ser mulher. Renovada por Sua graça, eu me tornei uma mulher realizada – feliz, satisfeita e cheia de gratidão.
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