Com a primavera, a neve congelada começa a derreter-se e a escorrer como torrentes de lágrimas pelas encostas íngremes. Os filetes de água juntam-se e formam córregos que trazem vida às encostas até há pouco secas e congeladas.
Nessas encostas e vales, irrigados pelo derretimento da neve estão os pomares e vinhedos chilenos, de onde saem frutas e vinhos mundialmente conhecidos.
Por fim, depois de irrigar encostas e vales, as lágrimas da montanha se juntam e formam o Rio Mapucho, que traz água e vida para Santiago, a capital desse hospitaleiro país.
Contemplando esse quadro, lembrei-me do Salmo 126:6: “Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes”.
Assim como as lágrimas da montanha produzem vida, também as lágrimas daquele que faz a obra de Deus com sinceridade, sofrimento e renúncia produzem vida.
Transmito minha solidariedade e incentivo a todos os que estão, com lágrimas, fazendo a obra de Deus. O Senhor vos diz que vale a pena. A vida produzida por vossa renúncia e pelas lágrimas derramadas vos dará tanto júbilo que as lágrimas da dor serão esquecidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário