segunda-feira, 19 de maio de 2014

Se acabaram as Serenatas, se foi o Romantismo.

Uma sociedade individualista, de valores invertidos a cada dia que se passa se torna escasso a demonstração do amor. Para aonde foram as flores, os gestos casuais, aonde não precisa de data capitalista para demostrar que se ama.

Equipamentos eletrônicos, o acesso à rede, o distanciamento entre corpos. É perceptível que nos últimos anos o progresso trouxe retrocesso, não para os povos, mas entre os povos. As relações tornaram-se frias, as redes sociais acabaram com o contato interpessoal. Com tanta “informação” o romantismo perdeu espaço. Homens e mulheres tornaram-se a mesma coisa. Substituiu as belas cartas por e-mails frios, mensagens no Facebook e, nos casos mais extremos, “curtidas” e “cutucadas”.

Acabou o jogo da sedução, os beijos são para levar à cama e não mais para encantarem e fazerem o seu parceiro sonhar, fazer daquele momento algo inesquecível. A virgindade, guardar seu corpo para um grande amor, isto virou cafona, saiu de moda. Tratar o companheiro com elegância, tratar uma dama com cavalheirismo, jantar a luz de velas, sonhar, viver... amar.

O sexo não é coisa de pele, serve apenas em números e para satisfazer egos. O jogo do prazer tornou-se significante apenas para si. A inteligência foi substituída por músculos cada vez mais anormais, que instigam a imaginação fértil das fêmeas e machos dominados pela mídia. As meninas querem desfilar com seus ogros, os rapazes exibirem seus troféus com belas bundas e seios. Pouco importa se falam bem o português, aliás falar para quê?

Não existe mais a troca de olhares, exceto por “webcam”. Os relacionamentos são menos verdadeiros e a infidelidade cada vez mais latente, não porque encontram alguém que preencha as brechas deixadas pelos parceiros, mas porque a carne do outro sempre é melhor que a da pessoa que está ao lado, se pintar oportunidade para que negar? O desejo só é verdadeiro até passar o primeiro corpo seminu, alias o mistério da descoberta do outro também se perdeu, não há o que descobrir, pois não precisa ir à cama para ver os contornos, sempre está tudo à mostra.

Cada vez menos se tem conversas, o que dizer dos fins dos cultos nas igrejas, as pessoas não têm mais tempo para conversas, tampouco para sentar e dialogar. As redes sociais suprem essa necessidade, inclusive para encontrar os pares. Para quê o contato com o outro, se conversar pelos bate-papos é bem mais fácil? Se a pessoa quiser, perfeito, se não quiser, não há porque perder tempo se há milhares de outras interessadas, sempre haverá. Conquista? Para quê? Essa gente não sai mais para se conhecer ou procurar um novo amor, saem para “pegar”, quanto mais, melhor. A porta do carro não precisa ser aberta pelos cavalheiros, esses são raros, não importa a porta, mas a marca do carro. A quantidade substituiu a qualidade, mais dinheiro no banco, mais objetos valiosos, etc, etc, etc. 

Em meio a tantas novidades o mundo está seco, sem graça. Tudo é tão mais fácil e ninguém nunca está sozinho. Puro engano. A solidão é mais presente, a depressão é a doença do momento. Esses pós-modernos não sabem cativar pessoas. A tendência é que nos próximos anos a situação piore. Não haverá diferença alguma entre homens e mulheres, exceto pelos órgãos reprodutores. Não haverá mais humanos, apenas máquinas, todas programadas para satisfazerem o sistema castrador. Um mundo sem cultura, sem identidade, sem educação. Com gente que não pensa, que não sente, que não vive. Não haverá espaço para artes, nem para poesias. A música, que inspirara os apaixonados, servirá para o acasalamento apenas. O que dizer das canções com palavras "chulas" que tratam os homens com vulgaridade. 

O mundo ainda não percebeu que a evolução que tanto buscam já findou, a sociedade está fadada a viver no primitivismo digital. Todos isolados nos seus mundos, com falsos amigos ou apenas os virtuais. Ilhados, com muito acesso ao mundo, mas pouco para si mesmos. O pior fim é o que acontece dentro de cada um. Não deixem morrer a poesia, salvem o romantismo, procurem o amor!!

Julio César

www.ministeriojuliocesar.com.br 

Shalom Adonai
Glauce Lopes

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O D-us de Israel é o que tem todo poder!