domingo, 10 de julho de 2011

Devo confessar?

Confessar pecados parece ser coisa de avó, não é mesmo? Ou coisa dos católicos que vez por outra marcam com o padre um momento para irem ao confessionário. Os evangélicos não têm tanto esse hábito, mas há ainda quem confesse.

Muitos não confessam mais por temerem exposição, pois quem garante sigilo? A pessoa confessa ao líder, esse comenta com a esposa, que passa para as amigas, por seguinte a igreja e para o mundo.

Confissão é coisa séria tanto para quem fala quanto para quem ouve, pois quem confessa se vulnerabiliza, fala de suas fragilidades e demonstra que precisa de ajuda. E não é bom ver suas vergonhas expostas.

Quem não conhece a expressão: “A oração de um justo pode muito em seus efeitos”?

É um texto bíblico que tem como contexto o ato de confessar pecados (leia Tiago 5.13-16).

O que Tiago nos ensina é que a oração é poderosa e eficaz quando:

1- Não é egoísta – não busca a realização de caprichos pessoais e sim a necessidade do outro. É óbvio que orar por si não é errado, mas temos que distinguir bem a diferença entre o que desejo e o que preciso.
2- É feita com fé – não tem como objetivo o “fazer acontecer” e assim virar propaganda pessoal ou da igreja, mas tem como intenção a cura da alma do irmão que sofre. Essa fé que ao outro vê cheira bem diante de Deus. Não é sem razão que Jesus elogia por duas vezes no Evangelho pessoas com fé: o centurião romano (Lucas 7) e a mulher siro-fenícia (Mateus 15), e justamente estavam clamando pelo próximo. A fé em forma de show é fé-tida diante de Deus (Mateus 7.22). E quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra? (Lucas 18.8)
3- Deus é o Grande – apesar de o texto de Tiago mandar chamar os presbíteros da igreja, a idéia é que se chamasse alguém dedicado a Deus. Pois diante de Deus não há escalas de importância espiritual, pois todos pecaram. O pecado nos coloca no mesmo patamar. Por isso é que o texto diz para confessarmos uns aos outros, de modo a ficar evidente que temos falhas, que precisamos de uma ajuda do Alto e que juntos deveremos dar suporte um ao outro em ação e em oração. O ato de confessar pecados não deve ser a padres, pastores, líderes, presbíteros ou qualquer outra pessoa simplesmente pelos cargos que possuem, mas ao justo, pois esse vive da fé (Hebreus 10.38).
 

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Glauce Lopes

Glauce Lopes
O D-us de Israel é o que tem todo poder!